segunda-feira, 28 de junho de 2010

Trombose Venosa Profunda


A trombose venosa profunda (TVP), também conhecida como tromboflebite ou apenas trombose, é uma doença grave que se caracteriza pela formação de trombos (coágulos) nas veias dos membros inferiores, principalmente, mas também pode acometer as veias dos membros superiores. Além de ser uma condição grave, sua importância também vem do fato de ser bastante comum, acometendo aproximadamente 1,5% dos adultos e sendo a terceira doença mais freqüente do aparelho cardiovascular.

O desenvolvimento de TVP é um processo complexo e dinâmico. Foi postulado, há mais de um século, que a TVP seria o resultado da ação de um ou mais dos seguintes fatores:

Estase venosa: significa a redução da velocidade de circulação do sangue na veia, como se ele ficasse parado, como a água em um lago. Ocorreria especialmente naquelas pessoas que ficam acamadas, que passam por cirurgias longas, que ficam sentadas por muito tempo (viagens em espaços reduzidos, como avião, ônibus). Importante lembrar que a movimentação dos músculos da perna é que ajuda o sangue a voltar, pelas veias, ao coração.
Lesão do vaso: a parede interna do vaso, em contato com o sangue, deve ser intacta. Caso exista alguma lesão, o sangue tende a coagular e formar os trombos. Isso poderia ocorrer em casos de acidentes, infecções e uso de medicações endovenosas.
Hipercoagulabilidade: nesses casos, o sangue apresenta uma maior suscetibilidade a coagular-se espontaneamente. Exemplos são: cânceres, gravidez, uso de anticoncepcionais, diabetes e algumas doenças próprias do sangue.

Sabe-se, hoje, que outros fatores mais complexos podem estar envolvidos no processo da TVP.


Os fatores de risco são:

• Idade superior a 40 anos;
• Obesidade;
• História prévia de trombose;
• Varizes de membros inferiores;
• Uso de anticoncepcionais e de reposição hormonal;
• Câncer
• Gestação e período após o parto;
• Dificuldade de movimentação, levando a pessoa a ficar acamada;
• Doenças genéticas do sistema de coagulação do sangue.

Além desses fatores, existe o que chamamos de situações de risco, ou seja, situações associadas a maior probabilidade de desenvolvimento da TVP. São elas:
• Traumatismo e politraumatismo;
• Cirurgias prolongadas (as cirurgias mais associadas à ocorrência de TVP são as ortopédicas e as gineco-obstétricas);
• Anestesia geral;
• Imobilização por longos períodos (viagens, por exemplo);
• Hospitalização prolongada;
• Doenças cardíacas ou respiratórias graves;
• Infecção grave


O tratamento da TVP é feito com medicamentos anticoagulantes, que impede a formação de novos trombos e o aumento do trombo que já está formado. O trombo já formado é, aos poucos, reabsorvido pelo próprio organismo. Existem dois anticoagulantes utilizados: as heparinas e o warfarin. A heparina é administrada na veia ou no tecido subcutâneo (assim como a insulina); já o warfarin é administrado por via oral. Existem dois tipos de heparina, a não-fracionada e a de baixo peso molecular, essa última apresenta a vantagem de ter menos efeitos colaterais e não necessitar de exames de sangue para controle. Porém, é bem mais cara que a não-fracionada. O tratamento é iniciado com os dois medicamentos (heparina e warfarin) e depois de alguns dias a heparina é interrompida. O warfarin deve ser usado por mais 6 meses, no mínimo.

Outros tipos de tratamento são o uso de medicamentos chamados fibrinolíticos, que possuem a capacidade de destruir o trombo; e o tratamento cirúrgico, no qual o médico abre a veia e retira o trombo. Esses dois métodos são utilizados principalmente nos casos mais graves, especialmente nos pacientes com EP maciça.

Uma abordagem importante no tratamento é a questão dos fatores e condições de risco. É crucial que o médico e o paciente discutam a questão e que esses fatores sejam eliminados o máximo possível. Além disso, impõe-se a adoção de medidas de prevenção.

FONTE:http://boasaude.uol.com.br

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